Antes de tudo, a resistência ao novo nos limita tanto no âmbito pessoal, quanto no profissional, nos impedindo de alcançar nossos desejos e metas, incluindo desde mudanças simples do dia a dia até as escolhas mais complexas e determinantes de nossas vidas.
Afinal, por quantas vezes você colocou aquela roupa de volta no armário ao se preocupar com o que os outros poderiam achar? Ou por quantas vezes você ficou em uma situação dolorosa acreditando que não havia nada que pudesse melhorar?
Quando o assunto é evolução em uma sociedade de transformações cada vez mais aceleradas, é bom nos lembrarmos de que hoje já não é o maior, o mais forte, ou o mais inteligente que sobrevive, mas sim aquele que melhor reage ante as mudanças. Sendo assim, continue conosco nesta leitura, pois vamos refletir sobre 3 motivos que justificam esse problema e descobrir soluções legítimas para quebrar a resistência ao novo.
1. Baixa autoestima
A princípio, essa é a velha companheira daqueles que se mantêm em relações ou situações problemáticas e difíceis. A falsa sensação de segurança que os cenários já conhecidos trazem podem impedi-lo de se afastar do que na verdade é justamente o que você já deseja evitar.
Fatores como crença de incapacidade, pensamentos catastróficos infundados e a angústia por acreditar que a resposta de outras pessoas pode ser muito negativa são influenciadores diretos do seu equilíbrio emocional, comprometendo sua capacidade de recuperação em determinadas situações.
Procure cultivar a autoaceitação, expandir suas competências sociais, evitar se comparar tanto com os outros, ser sincero consigo mesmo, colocar os pés no chão e viver no presente.
2. Pensar que mudança é sinônimo de ameaça
Associar sistematicamente a mudança a alguma forma de ameaça, que normalmente inclui grandes doses de sofrimento, é um dos mecanismos que mais ampliam a resistência ao novo. Normalmente ao se vincular a momentos traumáticas do passado, esse é um problema bastante comum para pessoas ansiosas.
Trata-se de um hábito persistente para aqueles que passaram por situações externas que os obrigaram a vivenciar grandes mudanças indesejadas sem ter a oportunidade de se preparar.
Embora esse medo faça parte de uma emoção adaptativa na defesa contra um perigo em potencial, a generalização é o vício primário que você deve combater. Tenha em mente que cometer um erro anteriormente não é a garantia de que você o cometerá de novo.
3. Possibilidade de perder o controle sobre tudo
Se você é uma pessoa controladora, esse motivo que justifica a resistência ao novo é mais significativo para você, já que ter o controle sobre tudo exige consistência e rotina, ou seja, elementos que não vêm ao encontro da palavra “mudança”.
Dessa forma, não é fácil conviver com fantasmas persistentes sussurrando ao seu ouvido, lhe dizendo que seu companheiro se perderá entre as gôndolas se fizer as compras sozinho no mercado, ou que confiar alguma demanda não tão importante a um diretor reduzirá sua empresa a pó.
Nesse sentido, querer ditar a lei o tempo inteiro demanda muito esforço e pode ser um dos maiores fatores que o fazem evitar as mudanças. Reveja se você não pode converter essa ação reativa em proatividade, justamente para transformar essas mudanças em oportunidades.
Aproveite para avaliar se sua personalidade controladora não tem vínculo com algum nível de rigidez perfeccionista que traz grandes dificuldades de negociação para a sua empresa, ou se não é até mesmo uma manifestação do motivo 1.
Equilíbrio emocional contra a resistência ao novo
Além das soluções acima, procure cuidar de si como um todo. Alinhar sua alimentação e praticar esportes são tarefas essenciais, pois estão diretamente relacionadas ao seu equilíbrio emocional, e consequentemente repercutem em sua autoestima.
Estudos da Universidade de Nova York confirmaram recentemente que até mesmo atividades físicas de curta duração, por pelo menos 10 minutos diários, já podem influenciar em seu bem-estar físico e saúde mental. Ao cultivar hábitos saudáveis, você se sentirá mais confiante e apto para reagir às mudanças do dia a dia, possivelmente as ressignificando com uma melhor compreensão de que em sua vida o verbo “mudar” também pode ser substituído por “evoluir”.